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25 de Outubro de 2010 15h26

Balneário da Salgadeira registra movimentação no final de semana

João Carlos Queiroz-Secom/Cuiabá

No último final de semana (23/24-10), o Balneário da Salgadeira, a 40 quilômetrosde Cuiabá, registrou movimentação de centenas de pessoas à procura de lazer e, também, para fugir da alta temperatura reinante na Capital e em outros pontos do Estado. A região da Salgadeira dispõe de várias cachoeiras e riachos refrescantes, além de trilhas ecológicas que levam a pontos de contemplação da natureza do Parque Nacional de Chapada dos Guimarães.

Conforme o administrador do balneário, José Carlos Bazan, vice-presidente do Conselho de Meio Ambiente do Município, essa movimentação tem sido rotineira no lugar há anos, por se caracterizar em local de fácil acesso por rodovia pavimentada, a Emanuel Pinheiro: "A população de Cuiabá tradicionalmente aporta nesse balneário aos sábados e domingos, ou durante os feriados, geralmente atraída pela oferta de lazer barato e as próprias belezas do cenário chapadense. Trata-se de um lazer acessível a classes menos favorecidas. O movimento é constante e pacífico, e não sofreu redução nem durante o período da recente interdição baixada pela Justiça".

Pardal informou também que não existe hoje qualquer parecer desfavorável à Aderco, da qual é vice-presidente, e as respectivas ações ambientalistas que a entidade desenvolve no miolo do balneário e seu entorno, conforme está explícito na decisão do juiz de Direito substituto de 2o. grau, Antônio Horácio da Silva Neto.

Ele ressalta ainda que foi apresentado ao Conselho Municipal de Meio Ambiente, durante a última reunião, uma síntese do Projeto de Adequação de Exploração Turística no Terminal da Salgadeira, com propostas compatíveis às exigências legais dos órgãos ambientais. O documento final vai ser entregue esta semana à Promotoria de Meio Ambiente (promotor José Zuquim) e ao Juizado Ambiental.  "O objetivo é preservar, proteger tudo por aqui. Natureza é a maior riqueza do homem, e é preciso que ele se conscientize disso".

O administrador exibiu uma imagem feita por satélite, em 71, onde é enfocada grande área desmatada da Salgadeira, enquanto a realidade atual, com imagens do ano de 2010, descreve, já aponta que a região foi tomada de verde, "portanto de acordo com os princípios de proteção à mata nativa local, bem preservada".

Sobre a proibição de funcionamento dos restaurantes no local, ele é taxativo: "Essa interdição foi extensiva aos estabelecimentos comerciais lotados na Salgadeira. É uma decisão judicial, o que já implica em acatamento imediato. Os que insistem nessa atividade vão ser penalizados com multas diárias. Estão cientes disso".

Pelas adequações elaboradas, pontua, e que serão apresentadas oficialmente em documento ao Conselho Municipal de Meio Ambiente, nenhum restaurante terá sede funcional na Salgadeira. "O projeto extingue esse tipo de atividade do local".