Notícias

O programa Siminina atende cerca de 1.500 meninas em 20 unidades de Cuiabá e da zona rural e novas integrantes ingressam conforme disponibilidade de vagas. A procura aumenta especialmente após a apresentação dos espetáculos, a exemplo do ocorrido no ano passado, quando muitas delas aguardaram na fila de espera e estrearam no palco este ano, como protagonistas em O Reino Encantado das Simininas no Pantanal. O evento realizado nos dias 21 e 22 deste mês, no Teatro da Universidade Federal de Mato Grosso, sendo duas apresentações no primeiro dia e uma no segundo dia, representa uma vitrine do  que vivenciam no programa. Além de aulas de balé, dispõem de aula de reforço escolar, cursos de artesanato, instrumentos musicais, entre outras atividades que atraem mais interessadas a cada ano.
 
Nesta edição, 900 simininas subiram ao palco, 300 delas em cada apresentação, onde executaram com elegância e disciplina cada detalhe das diferentes cenas e com figurino específico para as temáticas abordadas num conjunto de 16 episódios do espetáculo.

Os preparativos para o espetáculo começam com bastante antecedência, os ensaios começaram em maio, em meio as demais atividades desempenhadas na unidades do Simininas. Já os figurinos, um pouco antes para atender todas as 900 simininas que atuaram. “É o trabalho de um ano para cerca de 50 minutos de apresentação. Tudo dedicado ao sonho dessas meninas e acompanhado de perto pela primeira-dama Márcia Pinheiro, desde a construção dos figurinos e agregando as meninas que entraram”, declarou a psicóloga que integra a equipe técnica do programa Siminina, Inayara Soares.

Segundo a assistente social Marta Maia, a integração das meninas novatas acontece naturalmente. Elas participam de várias atividades, inclusive o balé, que acontece o ano inteiro. “E com as apresentações elas vão aprimorando e com a aproximação do espetáculo os ensaios se intensificam e elas ganham mais confiança. Mas, também contam com aulas de reforço escolar, de instrumentos musicais, de artesanato, desenhos e pinturas. Enfim, é bem abrangente e o resultado é de crescimento intelectual e emocional para todas as participantes”, frisou. 

O resultado é um misto de alegria e ansiedade tanto para as Simininas, como para a família e toda a equipe envolvida, incluindo a primeira-dama Márcia Pinheiro. “Acreditamos no potencial dessas meninas, muitas das quais nunca teriam a oportunidade sem o programa Simininas. Por isso, queremos ampliar em mais bairros e esperamos que o próximo gestor abrace o Semininas dando continuidade ao legado construído até agora. Tenho certeza que muitas sairão muito mais segura e preparadas para a vida”, pontuou Márcia Pinheiro.

Para as meninas, tudo é mágico e deixa um gostinho de “quero mais”. Evillyn Nogueira, 11 anos, estreante, do Novo Paraíso 2, foi categórica. “Foi muito bom, fiquei nervosa, mas é gratificante. Quando a gente sobe no palco pela primeira vez a gente fica mesmo com nervosismo, mas depois dá tudo certo. Eu amei a experiência, e quero voltar de novo. Quero agradecer a Dalma Beatriz (coordenadora do programa) e dona Márcia Pinheiro por acreditar em nós. Penso, no futuro, em ajudar outras crianças que não sabem, a conquistar isso também”, afirmou.

Rayssa Cardoso, 9 anos, da unidade do Siminina do bairro Três Barras, assim como as demais, estava animadíssima para mostrar o que aprendeu. “É a realização de um sonho, e de uma alegria muito grande, é a primeira vez que eu participo. A ansiedade é quase que uma companhia nessas horas, eu acordei bem cedo para vir para cá e estou preparada para dar o meu melhor”.

Para os pais não foi diferente. “É uma emoção muito grande, não dormi, estou aqui muito emocionada, é a primeira vez que minha filha se apresenta. Só tenho que agradecer essa oportunidade, a primeira-dama Márcia Pinheiro, as coordenadoras, monitoras, toda a equipe que foram muito parceiras para que esse momento acontecesse. Só de chegar aqui já ví muita coisa que eu nem imaginava, imagina o que nos aguarda no espetáculo”.

Maria Rita Jordão Borralho da Silva, mãe de Sheila Rafaela Jordão Borralho, 7 anos. “Somos do Distrito do Sucuri, área rural de Cuiabá, estou sem palavras, muita emoção. É a primeira vez que minha filha participa de um evento desse porte. Foram dias de muita ansiedade, especialmente na última semana, de muita expectativa para o espetáculo O Mundo Encantado das Simininas no Pantanal, e é de fato encantado. Tenho certeza que será lindo porque se prepararam muito. No Sucuri, o trabalho é feito com muita excelência, como é o padrão das unidades”, sentenciou ela. 

No caso de Greicyane Martins de Jesus, a emoção prevista foi em dose quíntupla. Além das duas filhas, tinha duas sobrinhas e uma prima que se apresentavam pela primeira vez. Todas ingressaram no projeto este ano, na unidade do bairro Bela Vista. E no final a expressão de alegria era contagiante: “Lindo, lindo, maravilhoso. Não sei como explicar, imagino como deve ter sido para as meninas”.

Maryane Almeida Sampaio, mãe da Elydia, do Bela Vista, resumiu: “é maravilhoso, encantador, emoção muito grande, lindo, gratificante para a gente. É um momento marcante para nós família, e para elas principalmente, que vão levar para a vida toda”.

O programa é desenvolvido pela Prefeitura de Cuiabá, através da Secretaria Municipal de Assistência Social e Desenvolvimento Humano e Pessoa com Deficiência, com apoio do Núcleo da Primeira-Dama, com coordenação de Dalma Beatriz.

EQUIPE ANTENADA
Toda a equipe estava ligadinha em cada detalhe. A monitora Viviane Rubia, era uma delas. “O Siminina é um programa belíssimo, e os dias de apresentações são de muitas expectativas para nós, não só porque convivemos todos os dias com as meninas, mas as crianças e suas famílias também estão vivenciando uma expectativa muito grande para o grande dia”. 

O Espetáculo O Reino Encantado das Simininas no Pantanal revela um pouquinho do querido Mato Grosso, explicando para as crianças as belezas que o Pantanal detém. Trata-se de um novo espetáculo. O do ano passado foi o Reino Encantado das Simininas, e nessa edição, trouxe cenários, figurinos, musical, tudo diferente. 

A partir da apresentação do primeiro espetáculo ocorrido em 2023 houve um aumento na procura por vagas. Estima-se que este ano aconteça o mesmo. “De lá para cá disparou a procura porque o Siminina não oferece só o balé, tem a banda de música, dança, artesanato, e outros”, explicou Inayra Soares, psicóloga da unidade do bairro Três Barras. 

As interessadas ficam em lista de espera e dependendo das crianças que vão desistindo da vaga, por mudança de bairro, ou de cidade, oportuniza-se para aquelas que aguardam. 

“Antes eu ficava em casa, fazia tempo que eu estava na fila de espera, estava muito ansiosa para entrar, quando consegui a vaga foi de uma felicidade imensa, fiz novas amizades, tem o apoio das tias monitoras que ajudam a realizar diversas atividades. Participo da banda de percussão, do balé, aulas de reforço. É muito bom”, relatou Maria Fernanda, que está há dois anos no projeto.

Depois que entram se empolgam, pois abrange dos 6 aos 14 anos de idade, tem toda uma história de vida dentro do projeto e que levam para a vida. Algumas delas continuam como menores aprendizes, auxiliando as simininas o que elas aprenderam dentro do programa. O programa Siminina dá oportunidade para elas ensinarem o que vivenciaram no projeto.

A professora de balé Lorraine Luana, nasceu no programa e hoje ensina as crianças. “Para mim é muito gratificante, apesar de parecer estar acostumada, a cada ano é uma emoção diferente. Ver o sonho delas se realizando, a emoção no olhar, a felicidade de estarem ali, a um passo da conquista, nossa, passa um filme na minha cabeça. Eu já fui siminina, já vivenciei isso, sei como é gratificante esse resultado. É uma coisa que não tem como explicar”, frisou.