Notícias

Cinco equipes volantes da Secretaria Municipal de Assistência Social e Desenvolvimento Humano – Smasdh trabalharam na noite do último sábado (17-07), para atender emergencialmente moradores de rua em situação de risco por causa da temperatura que chegou a 10° centígrados. Lideradas pelo próprio secretário Jader Moraes, as equipes visitaram os locais mais freqüentados pelos moradores de rua para abordagem e doação de agasalhos, claçados, cobertores e sopa quente.

Durante o dia o carro do Albergue Municipal Abordagem Solidária já tinha recolhido pelo menos 20 moradores de rua que aceitaram se abrigar no final de semana. A casa acolhe pessoas em situação de risco e vulnerabilidade, a maioria dependente químico ou alcoólatra. O albergado recebe quatro refeições por dia, roupas limpas, instalações para descanso e apoio psicosocial. Se continuam na casa, são encaminhados para entrevistas de emprego e reintegração familiar. A maioria, no entanto, prefere continuar na rua por causa da dependência de álcool e drogas ilícitas.

Este é o caso do pedreiro João Batista, 53 anos, natural do estado de Goiás, que morreu na noite de sexta feira (16-07) em decorrência do frio.  Ele foi abordado pela equipe da Smasdh e recusou passar a noite no albergue; recebeu um cobertor, mas mesmo assim foi a óbito. “Provavelmente morreu por causa do frio; ele era alcoólatra, tinha passagem pelo albergue, e naquele dia recusou nossa ajuda; com o corpo debilitado não resistiu à baixa temperatura”, opinou o gerente do Albergue, Henrique José de Andrade.Até o momento a Smasdh já distribuiu cerca de 8 mil cobertores e está organizando a distribuição de outros 2 mil. O secretário Jader Moraes disse que o trabalho de distribuição de cobertores é uma ação emergencial.

“Realizamos um trabalho que ajuda as famílias a saírem da pobreza e vulnerabilidade, mas neste momento, por causa do frio, estamos prestando assistência emergencial. Estamos distribuindo cobertores através do Centro de Referencia da Assistência Social - Cras nos bairros, pois lá é onde são cadastradas as famílias em situação de vulnerabilidade. Muitas pessoas também vão até o Cras para pedir ajuda”, relatou Jader Moraes, que informou ainda que a maior dificuldade neste momento é a superlotação dos três albergues municipais.

“Além do Albergue Abordagem Solidária, mantemos outros dois: o Manoel Miraglia e a Missão Atalaia de Jesus, que é filantrópico, mas custeado pela Smasdh, ambos também estão superlotados. Estamos operando com dificuldade, principalmente porque toda a despesa é por conta da prefeitura, sem ajuda do governo do estado, mesmo que grande parte dos albergados seja oriunda do interior do estado”, desabafou o secretario.

O secretário avisou ainda que “quem quiser ajudar pode levar agasalhos direto às instituições cadastradas na Smasdh, como o Abrigo Bom Jesus ou nos nossos Albergues como o Manoel Miraglia que fica na Rua Afeganistão s/n Bairro Jardim Monte Líbano Fone: 36166655, ou ainda aqui mesmo na sede da Smasdh, à Rua Regis Betencout, 384, Porto.” explicou Jader Moraes.