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20 de Fevereiro de 2021 06h10

(AGUARDAR))) Fevereiro tem aumento significativo de mortes por Covid-19

JAD LARANJEIRA

Davi Valle

Arquivo

O número de óbitos por COVID-19 em Cuiabá nas duas primeiras semanas do mês de fevereiro de 2021, teve um aumento significativo se comparado com os últimos dois meses (dezembro e janeiro). De acordo com os dados do Informe Epidemiológico, divulgado semanalmente pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS), com apoio de pesquisadores da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT)  a cidade teve 741 novos casos da doença, além de ter registrado cinco óbitos por dia, totalizando 35 mortes, somente entre os dias 07 a 13 deste mês.

Embora o declínio de mortes tenha sido evidenciado no mês de novembro (01 a 28 de novembro de 2020), registrando um óbito a cada 16 horas, a partir de dezembro se faz notável o aumento de mortes em Cuiabá, onde foram registradas uma média de dois óbitos por dia. E esse padrão tem persistido nas quatro primeiras semanas de janeiro, onde os dados mostram o aumento de casos, com cinco óbitos por dia. No entanto, o que chama mais atenção é com relação as duas primeiras semanas de fevereiro, em que foram registradas o dobro de óbitos se comparados com do dia 29 de dezembro de 2020 a 02 de janeiro de 2021, totalizando dois óbitos por dia. 

Segundo o Informe, Cuiabá já registrou 1.409 óbitos por COVID-19 de residentes em Cuiabá, 55,9% eram do sexo masculino, resultando em letalidade de 3,6% para sexo masculino e 2,3% para sexo feminino. A idade média foi de 65,9 anos e mediana de 67 anos sendo 69,6% idosos e entre eles 36,8% tinham entre 60 a 69 anos. A distribuição dos óbitos difere entre as faixas etárias e sexo, sendo mais frequente entre os homens, exceto para as faixas etárias de 20 a 29 anos e 70 anos ou mais, em que a proporção foi maior entre mulheres.

Para a gerente de Vigilância em Doenças e Agravos Transmissíveis, Flávia Guimarães, os números realmente chamam atenção, uma vez que Cuiabá já estava com padrão há um tempo de um óbito por dia. Ela acredita que o aumento ainda seja uma consequência das festividades de fim de ano e as comemorações carnavalescas clandestinas.

“Isso é número que nos chama atenção, é expressivo, sendo que há algum tempo a gente estava com a média de um óbito por dia e agora já teve esse retorno de cinco mortes por dia. Então sempre que há esse aumento, nos preocupa, porque isso quer dizer que as pessoas só estão buscando atendimento em um momento mais grave, é por isso que é importante um atendimento clínico. As pessoas têm que lembrar que a doença continua aí, a gente está vacinando a população aos poucos e vai demorar um certo tempo para que a gente tenha uma imunidade de maior proteção e enquanto isso é necessário que todas as precauções sejam mantidas”, afirmou.

Neste sentido a profissional explica que, é fundamental que seja mantido o uso de máscara em locais públicos, cuidados de higiene e isolamento social, evitando aglomerações, como eventos festivos, reuniões em bares e outros, para que novo aumento de casos não ocorra.

“A gente tem que chamar atenção da população para isso, porque cada vez que eles fazem festa ou estão em aglomeração, como o que ocorreu com as festividades de final do ano, e que acontece agora no carnaval, contribui para o aumento no número de casos, consequentemente internações novas. Então evitem as aglomerações, mantenham as medidas de biossegurança, com isolamento físico, e quando começar a sentir os sintomas busquem de imediato o atendimento para que seja avaliado e monitorado e fazer todas as condutas que são prescritas pelos profissionais da saúde” pediu.

De acordo com o Informe Epidemiológico, das mortes registradas em Cuiabá, 77,6% apresentavam comorbidades. As mais frequentes foram hipertensão, diabetes, doença cardíaca, obesidade, doença renal, doença pulmonar e neoplasia. Ao avaliar o número de comorbidades, 43% dos que foram a óbito, apresentaram somente uma, 35,4% duas e 21,6% três ou mais comorbidades simultaneamente. Em relação à situação clínica 96,7% dos óbitos foram considerados sintomáticos. Dos 1.054 indivíduos que estiveram internados e vieram a óbito, 92,1% ocuparam leitos de UTI sendo que 70,2% estiveram em leitos de UTI desde o momento da internação.

Outro ponto relevante é que, atualmente, não há evidências de que as pessoas que se recuperaram da COVID-19 e tenham anticorpos estejam protegidas contra uma segunda infecção 6. É esperado que a maioria dos indivíduos infectados desenvolva uma resposta de anticorpos que forneça algum nível de proteção. O que ainda não se sabe é o nível de proteção ou quanto tempo vai durar daí a importância de se manter as medidas de prevenção.

A Secretaria Municipal de Saúde ressalta que os dados apresentados neste informe se referem a casos que são identificados pelos serviços de saúde, assim como nos demais municípios brasileiros e, portanto, devem ser analisados com cautela tendo em vista que muitos casos não buscam o atendimento de saúde, seja pela característica leve de alguns casos ou assintomáticos.

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