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Comunicação / NOTA DE PESAR

23 de Dezembro de 2017 23h43

A arte pantaneira perde um grande ícone, Nilson Pimenta morre em Cuiabá aos 60 anos

Secretaria de Inovação e Comunicação

O prefeito Emanuel Pinheiro e o secretário de Cultura, Esporte e Turismo de Cuiabá, Francisco Vuolo, lamentam a morte do artista plástico Nilson Pimenta na tarde deste sábado (23), em Cuiabá, vítima de um infarto e complicações da diabetes, em Cuiabá.

Um dos artistas mais premiados da atualidade, Nilson Pimenta tinha 60 anos  e  vivia no interior de Mato Grosso desde os seis anos de idade. Natural de Caravelas, na Bahia, ele adotou Cuiabá após trabalhar como peão, lavrador e cortador de cana, nos Estados do Espírito Santo e também em Mato Grosso.

Aprendeu desenho de forma autodida e sua obra foi marcada por cenas da infância, vivida na roça. Aos amigos e em entrevistas ele costuma dizer, a respeito dos seus quadros, que fazia sua roça nas telas.

Nilson Pimenta também teve uma atuação marcante como orientador do Ateliê Livre do Museu de Arte e Cultura Popular da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), criado por Aline Figueiredo e Humberto Espíndola.

Como um artista naif, foi reconhecido pelo seu grande talento,  dentro e fora do Brasil, e  teve  obras expostas em coletivas e individuais, nos mais importantes museus e galerias brasileiras e do exterior, como a  Fundação Cartier, em Paris.

Desde o início de sua carreira destacou-se como artista plástico, recebendo diversos prêmios em salões.

Participou de inúmeras exposições individuais e coletivas entre elas a  “Primitivos de Mato Grosso”, no Museu de Arte de São Paulo em 1980; da “Brasil/Cuiabá: Pintura Cabocla”, nos museus de Arte Moderna no Rio de Janeiro e em São Paulo, e na Fundação Cultural do Distrito Federal, em Brasília, em 1981. Em 1988 participou da “Negra Sensibilidade”, exposição realizada no Museu de Arte e de Cultura Popular, em Cuiabá.

Mais recentemente, em 2006, foi um dos artistas a participar com suas telas na  “Naïve Paintings of Far-Western Brazil”, na Galeria IZZI, em Londres.

Entre as premiações que recebeu estão as dos  VI e no VIII Salão Nacional de Artes Plásticas, no Rio de Janeiro, em  1983 e 1985

“A arte mato-grossense perde sem dúvida um grande artista plástico, que soube entender a grandeza e a simplicidade da alma e do espírito do povo mato-grossense e cuiabano. Esperamos que sua família e amigos encontrem o conforto neste momento difícil. Lamentamos a sua morte tão precoce. Nos solidarizamos com a família e amigos”, disse o prefeito Emanuel Pinheiro.

O corpo do artista plástico será velado na Funerária Dom Bosco – em frente ao Pronto Socorro de Cuiabá -, a partir da meia noite. O sepultamento será às 16 horas, deste domingo (24), no Cemitério Parque Cuiabá.