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Cultura, Esporte e Lazer / AO AR LIVRE

16 de Abril de 2022 06h10

1ª edição do 'Refestela Cuiabá' movimenta a economia local e marca o retorno dos eventos culturais e gastronômicos

NATHANY GOMES

Luiz Alves

Arquivo

A primeira edição do movimento 'Refestela Cuiabá', promovido pela Prefeitura de Cuiabá, por meio da Secretaria de Cultura, Esporte e Lazer, trouxe para os expositores motivos de sobra para comemorar. A estimativa é de que nos quatro dias de evento, na Praça 8 de Abril,  passaram mais de 16 mil pessoas, na atividade promovida em celebração ao aniversário de 303 anos da cidade. 

O local contou com uma recepção calorosa e atrativa, reverenciada por apresentações culturais, decoração de guarda-chuvas coloridos que retratam a alegria do povo cuiabano, e ofertou  20 barracas de comidas típicas, além de músicas, apresentações culturais e oportunizou aos frequentadores um espaço seguro e aconchegante, sem deixar de lado as características tradicionais do município. 

Os tempos difíceis para aqueles que têm no comércio de rua sua principal fonte de renda, dão sinais de que estão perto do fim. Atuante há mais de seis anos no ramo da pastelaria, Patrícia Neta, proprietária do 'Pastel da Paty', conta que em razão da pandemia da Covid-19, ficou mais de sete meses impossibilitada de trabalhar, ao qual enfrentou inúmeras dificuldades para conseguir sustentar sua família e reiterou que a iniciativa chegou na hora certa. 

"Quando tudo começou a minha filha tinha nascido havia 15 dias e só conseguimos voltar de verdade no final do ano passado. Confesso que não foi fácil, pois faço feiras em condomínios fechados. Nesse tempo o que nos salvou foi, em primeiro lugar Deus, os auxílios por parte do Poder Público e ajuda de amigos. Quando recebi o convite para estar aqui, não pensei duas vezes. Fiquei encantada com a  estrutura de qualidade e o melhor de tudo, sem pagar nada por isso", relatou Patrícia. 

O prefeito Emanuel Pinheiro afirmou que o Refestela representa a tradição  cuiabana em um único lugar . Afirmou ainda que outras edições estão por vir, desta vez, chegando até os bairros da Capital.  "O Refestela é o resgate do comportamento, da alma e o amor do cuiabano pelo amor em viver em família e em comunidade. Isso é o amor por Cuiabá. Festas como essa resgatam a geração de ouro da nossa querida Cuiabá, Ver nosso povo trabalhando, se divertindo, reunido e ganhando seu dinheiro honestamente, para nós é uma honra e vamos melhorar cada vez mais daqui para frente, dando chances para que a nossa gente possa trabalhar, expandindo para diversas regiões", disse o gestor. 

A feirante Jalda Zugair, dona do Kebab Mania, pontuou que, ao longo da suspensão das atividades ao ar livre, encontrou na internet uma alternativa para expor e vender seu cardápio. Todavia, não escondeu a preferência pelos atendimentos presenciais. "Consegui no Instagram pagar as contas, o mínimo do mínimo, não foi nada fácil.  A Prefeitura de Cuiabá está de parabéns, inclusive, na minha opinião, deveria ter mais eventos como este, onde podemos ter contato com as pessoas e estreitar os relacionamentos", salientou. 

Vendedora de revirado cuiabano, prato típico mato-grossense, Marilene Cavalcante, revelou que trabalha há mais de 20 anos na preparação do alimento e comentou que seu maior desejo era rever seus clientes, uma vez que muitos deles estavam presentes, prestigiando o festival.

"Temos um restaurante na na região do Sucuri, o 'Maria Izabel', mas ficamos um tempo parado. Voltamos em setembro de 2021 e graças a Deus está indo bem, tanto que estamos aqui, vendendo nosso carro-chefe. As pessoas estão vindo, as famílias, a Prefeitura de Cuiabá tem nos ajudado muito, sou grata", completou. 

Por outro lado, a empresária do Cantinho da Roça, Juliana Campos, viu na crise sanitária uma brecha oportuna para mudar de vida. Segundo ela, o cenário transformou-se em ideal para largar o emprego de diarista e tornar-se em dona do seu próprio negócio, por meio da venda de doces artesanais, como por exemplo, doce de leite, de mamão, cachorrada, queijadinha, entre outros. 

"Uma amiga me chamou para fazer a feira e eu abracei a causa. Com o tempo precisei deixar meu antigo emprego. Na pandemia, as pessoas estavam em busca de produtos naturais. Focamos nas vendas online, porém, os pedidos cresceram muito e hoje temos uma loja física e nossa estrutura dobrou. Hoje continuamos com o mesmo perfil, fazemos feiras, eventos, condomínios, órgãos públicos e pelas redes sociais também", concluiu.