A Secretária de Saúde de Cuiabá, por meio da Diretoria e Coordenação da Atenção Secundária, está promovendo a capacitação dos profissionais de saúde, com relação ao novo protocolo de classificação de risco. As palestras estão sendo ministradas no Auditório da Saúde Coletiva da UFMT, com uma carga horária de 24 horas.

Essa capacitação é voltada para todos os enfermeiros da rede secundária, tendo a duração de quatro dias, se estendendo até esta sexta-feira (30). As turmas foram divididas em dois grupos com 50 participantes cada, sendo que algumas dessas vagas foram destinadas aos profissionais do SAMU e Hospital Municipal e Pronto Socorro de Cuiabá.

“O objetivo é manter os profissionais atualizados, visando uma equipe qualificada, íntegra e humanizada, fazendo com que as unidades de saúde (Policlínicas e UPA’s) tenham um atendimento diferenciado, onde o paciente se sinta acolhido” destacou a técnica da Atenção Secundária, Karine Manfrin.

Esta atualização vem para complementar o processo de trabalho dos profissionais da ponta, seguindo o protocolo de classificação de risco que foi atualizado neste ano,  explicou a técnica.

Os temas abordados nas palestras são o novo protocolo de classificação de risco, regimentos e leis que contemplam o desenvolvimento e seguimento do trabalho, a humanização do atendimento no município de Cuiabá, a história da classificação na capital, implantação da cartilha de fluxos da rede, entre outros.

No decorrer da capacitação é feita uma dinâmica com a equipe técnica, para pontuar a importância do trabalho em conjunto e no encerramento é realizado o sorteio de vários brindes.

Nesta quinta-feira e amanhã,  o médico Fabio Liberalli ministrará uma aula prática, sobre a abordagem e condutas sobre reanimação cárdio pulmonar.

A nova cartilha de fluxos da rede está em fase de implementação, “ela será uma ferramenta de trabalho que irá contribuir com o seguimento dos fluxos da rede”, relatou Karine Manfrin.

Novo protocolo de classificação de risco

A classificação de risco é utilizada na rede pública de saúde da capital, com priorização identificada por cores – azul, verde, amarelo e vermelho -, de acordo com a gravidade de risco que o paciente apresenta.

A introdução de mais duas cores indicativas atende as demandas especificas dentro das unidades de pronto atendimento. A roxa indica os pacientes prioritários, amparados pela Lei 10.048 de novembro de 2000, que são os portadores de deficiências físicas, idosos com idade igual  ou superior a 65 anos, gestantes, lactantes e as pessoas acompanhadas por crianças de colo e a cor preta para os pacientes alérgicos.

Classificação de Risco

 Vermelha – Emergência

O paciente deve receber atendimento imediato, pois se trata um caso gravíssimo, com risco de morte eminente.

Amarela - Urgente

Caso grave e risco significativo de evoluir para morte. Nesses casos o paciente é encaminhado ao atendimento com prioridade.

Verde - Pouca urgência

O paciente deve ser encaminhado para consulta médica, já que a urgência é menor. E ser reavaliado periodicamente, até o atendimento, Esses são os casos que devem ser atendidos nas unidades básicas de saúde.

Azul - Não urgente

Casos para atendimento nas unidades de saúde mais próximas da residência do usuário, com horário marcado ou por hora de chegada. Normalmente são direcionados as UBS ou PSF’s, como queixas crônicas, e/ou agudas como resfriados, contusões, escoriações, dor de garganta, ferimentos que não requerem pontos, e outros.